segunda-feira, outubro 31, 2011

A Institucionalização do crime


O caso recente envolvendo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) mentor da CPI das milícias no Rio de Janeiro, evidenciou a força das milícias.
Marcelo Freixo foi convidado pela Anistia Internacional a se retirar do Brasil para a sua segurança e de toda a sua família, já que nos últimos dias, aumentaram as ameaças de morte, não só do parlamentar, mas também de todos os seus parentes. 
Em entrevista à rádio CBN-Rio (31/10), Freixo informou que deixará o país por um período de cerca de 1 mês, contra a sua vontade,  para que seja resolvida algumas questões relativas à sua segurança aqui no Brasil. O mesmo recebe proteção de  seguranças, concedido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, além de carros blindados.
 Mas a questão central que desejo abordar aqui é a institucionalização do crime. Essas organizações necessitam de representatividade dentro da política para poder se sustentar. Por tal motivo, elegem de vez em quando, através de seus currais eleitorais,  representantes dentro da política. O caso de ex-vereador Jerominho,  foi um grande exemplo. E é exatamente isso que o deputado quer combater, a ligação entre parlamentares e grupos criminosos.
 Institucionalizando-se, conseguem benefícios, vantagens, ganham força politicamente perante a população local e a sociedade de uma maneira mais abrangente. Foi o que aconteceu com a Máfia Italiana.
  Sendo assim, a luta do deputado Marcelo Freixo, com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) é uma grande barreira para as pretensões dos milicianos, que amedrontam os moradores onde estão instalados, cobram taxas abusivas com o propósito de oferecer uma falsa segurança, entre outras imposições.
É bastante triste que isso aconteça. Uma organização criminosa não pode ter mais força do que o Estado.
Porém, fico feliz em saber que a luta do deputado Marcelo Freixo ainda não acabou, está apenas "tomando um gás".  E ainda por hora, vale lembrar que Freixo é pré-candidato às eleições para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro em 2012.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Guerra de egos no Pan 2011

 Uma verdadeira guerra de egos. É como está sendo tratada a cobertura dos Jogos Pan Americanos 2011 pelas duas principais emissoras da televisão brasileira, Rede Globo e Rede Record.
A compra dos direitos de transmissão dos jogos adquiridos pela emissora do bispo Edir Macedo, dono também da Igreja Universal do Reino de Deus, está fazendo com que a emissora carioca ignore a realização desse principal evento esportivo das Américas.
Em 2012, a transmissão dos jogos olímpicos terá também exclusividade da Rede Record. E aí, quero ver como será o tratamento da Rede Globo. As Olimpíadas têm outra dimensão, bem maior, com uma audiência mundial. E aí não vai dar para ignorar. A solução será uma grande tragédia, ou um fenômeno grandioso acontecer, para o foco ser desviado.
E vem por aí, Copa 2014, e Olimpíadas 2016 aqui no Rio de Janeiro. A batalha está apenas começando.