Apesar das enormes falhas em sua gestão pública, principalmente nos setores de transporte e saúde, o Rio de Janeiro continua sendo a menina dos olhos verdes, onde todos querem visitar ao menos uma vez na vida.
Para aqueles que vivem aqui o ano inteiro, como eu, pode-se dizer que há uma visão um pouco mais pragmática da cidade. E isso é facilmente explicado pra quem não reside aqui. O transporte público é caótico, ônibus extremamente quentes, exceção os poucos que circulam com ar refrigerado, passagens caríssimas, umas das maiores do Brasil. O Metrô não é subdividido em diversas linhas ou sublinhas se cruzando, é na verdade uma enorme extensão, o que faz eclodir nas superlotações. Os trens, esses são a vergonha do nosso transporte público, problemas diários são a marca registrada da Supervia, empresa que administra esse transporte.
Pois bem, os problemas são inúmeros, mas nada tão absurdo comparado às outras cidades brasileiras, porém temos aí uma Copa do Mundo e uma Olimpíada pela frente. E isso tem que mudar, aliás já deveria ter mudado, não só pelo fato de sediarmos esses dois eventos, mas sim como uma maneira de confortar seus habitantes, cariocas legítimos, que falam "mermo" , "já é" e se acham marrentos.
Enfim, o Rio de Janeiro faz 447 anos de descoberta, e quando Estácio de Sá aqui chegou, deve ter tido a certeza que essa era realmente uma cidade maravilhosa, com montanhas e mar lado-a-lado, lagoas espetaculares, uma orla imensa com praias paradisíacas tão perto de uma mata que posteriormente foi denominada de Atlântica.
